Bolo de chocolate provoca gula em São Paulo Filas de espera à porta, 500 fatias vendidas aos domingos, encomendas a superar as expectativas, elogios em blogues de gastronomia. Com a sua famosa informalidade, os brasileiros que vão à nova loja de O Melhor Bolo de Chocolate do Mundo, que abriu em São Paulo há menos de um mês, querem conhecer o "portuga" que detém a receita que tanto os delicia. E Carlos Braz Lopes, o lisboeta que abriu a loja original em Campo de Ourique há cinco anos, faz as honras da casa, surpreendido e reconhecido com o êxito imediato da filial paulista. A tal ponto que, num inquérito online da Folha de São Paulo, o Melhor Bolo de Chocolate do Mundo anda numa acérrima disputa com a Cau Chocolates como "melhor doceria" da cidade, cada uma com 36% dos votos.
"Fizemos uma abertura sem alarido, sem qualquer tipo de promoção, mas as pessoas estavam curiosas, entravam, provavam o bolo e começaram a espalhar a notícia", diz Carlos Braz Lopes, que atribui à localização privilegiada da loja, na Rua Óscar Freire, no bairro dos Jardins, a zona mais chique de São Paulo, grande parte deste êxito. "Antes da abertura, no tapume das obras, a única coisa que estava escrita era 'Lisboa-São Paulo'. Acho que isso também despertou curiosidade, porque estou numa zona onde residem pessoas com alto nível de rendimentos, que costumam viajar e gostam de ir a Portugal.
Carlos Braz Lopes já está a pensar em novas aventuras comerciais no Brasil e uma delas poderá passar pela abertura de outras lojas de doces. Em menos de um mês, já recebeu propostas de abrir Melhores Bolos de Chocolate do Mundo noutros bairros de São Paulo e no Rio de Janeiro. Mas para já prefere consolidar o êxito da primeira loja, deixando passar o efeito da novidade. Depois, se tudo continuar a correr bem, logo se vê.
Fizeram um investimento de cem mil euros, que tudo indica que será rapidamente recuperado. "Agora, tenho já várias pessoas que, com o êxito da loja, dizem que querem ser sócias. Mas agora é tarde, deviam ter arriscado na altura certa, como nós fizemos", declara.

Diário de Notícias
10.12.2007
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